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Como fazer negativos sem usar o Photoshop

Queres aprender a fazer negativos das tuas imagens sem usar o Photoshop?

Muitas pessoas ficam atrapalhadas por não terem o Photoshop quando chega a hora de editar uma imagem. Há quem use diferentes aplicativos ou quem faça com o próprio editor que já vem configurado no telemovel. Nós aqui vamos dar-te apenas mais uma opção. O site Lunapic é um editor de imagens que te permite aplicar diferentes filtros mas também fazer alguns ajustes básicos. Para fazeres o teu negativo, tudo o que tens de fazer é clicar em "upload", "escolher o ficheiro" e selecionares dentro do teu ambiente de trabalho, qual a imagem que queres trabalhar.

Assim que a imagem estiver aberta basta passá-la para Preto e Branco. Para isso clicas em "Filters" e depois "Black and White".

Após veres que a tua imagem está efectivamente a preto e branco, vamos inverter as cores, tornando-a no seu negativo. Para isso voltamos a clicar em "Filter" e de seguida em "Negative". 

Uma vez que já temos a nossa imagem negativa, basta guardá-la novamente no nosso computador fazendo "File" e de seguida "Save Image". Irá aparecer depois as diferentes opções de ficheiro e poderão guardar como jpeg, por exemplo. 

Uma vez guardada a imagem basta levar a uma papelaria ou centro de cópias e pedir que imprima em acetato. Também podem adquirir acetatos para impressoras a jato de tinta e imprimir na vossa impressora de casa. Não há desculpas para não imprimirem as vossas imagens em cianotipia! Alguma questão que tenham, podem sempre perguntar. Vamos transformar as nossas fotografias em peças originais?

Artistas que trabalham com cianotipia #16

Para quem não sabe, no final do mês passado e ínicio deste mês, nós fomos, pela segunda vez, à Islândia. E portanto pensámos que podíamos adaptar este mês ao tema: Islândia. E, como tal, não poderíamos trazer um artista para esta rúbrica, que não fosse islandês. Foi então que decidimos vir aqui dar a conhecer a artista Igna Lisa Middleton e o seu projecto "Thoughts of Home". Igna tem dupla nacionalidade (inglesa e islandesa) e após formar-se em fotografia, cinema e animação, trabalhou com vários clientes na indústria do cinema e da fotografia comercial até que, como tinha um fascínio pela fotografia experimental, decidiu começar a expor as suas cianotipias. De entre os seus projectos destacam-se "Oceans in the Age of Humans", Phytoplankton", "Underwater Wonders", "Tip of the iceberg" e "Thoughts of Home". 

Este último projecto consiste numa série de cianótipos sobre a Islândia. As imagens têm duplo significado: por uma lado elas ilustram símbolos poéticos da Islândia, e por outro mostram a sua utilidade prática. Por exemplo as cascatas fabulosas que funcionam como uma força de energia hidroelétrica; o cavalo islandês que durante muitos anos serviu como único meio de transporte no país, etc. Podem ver todos os seus projetos no seu site e também segui-la através das redes sociais

Cianotipia botânica vs Cianotipia fotográfica

Existem diferenças entre cianotipia botânica e cianotipia fotográfica? Em que consiste uma e outra?

Há uns tempos atrás, um cliente veio ter connosco a perguntar se o nosso material dava para fazer "cianotipia botânica". Primeiro achámos o termo engraçado e depois perguntámos o que queria ele dizer com isso, uma vez que não conhecíamos o termo. Ao que parece, há formadores que quando dão workshops fazem a distinção entre um e outro termo, coisa que para nós não faz muito sentido, uma vez que o processo é sempre o mesmo: cianotipia. Como fazer então distinção entre a cianotipia que imprime imagens fotográficas e a restante? Bem, nós quando damos workshops costumamos fazer a distinção entre fotografias e fotogramas. A fotografia impressa necessita de um negativo ao passo que os fotogramas utilizam objectos que são postos diretamente em contacto com a emulsão. Esses objectos podem ser flores e plantas ou podem ser outras coisas como botões, tesouras, peças de roupa, plásticos entre tantas outras coisas! Pelo que chamar-lhe "cianotipia botânica" parece um pouco despropositado, até porque, pode levar a pensar que estamos a apresentar um novo método que ao invés de usar sais de ferro, utiliza algum tipo de plantas naturais, o que não é verdade... Para isso teríamos de arranjar termos para todos os tipos de objectos que colocamos em cima da nossa emulsão... Portanto, respondendo à questão "qual a diferença entre ambas?", a resposta é "nenhuma!" e sim, os nossos químicos permitem fazer todo o tipo de cianoitpia :)

Esperamos ter desfeito esta dúvida mas se houver mais questões do mesmo género, por favor contactem-nos.

Até breve!

Artistas que trabalham com cianotipia #15

Este mês queremos falar-vos um pouco da artista Isa Marcelli, até porque lançou agora o seu livro "See untill I see no More" que nós já temos na nossa estante e, embora não seja um livro com cianotipias suas, descobrimos que a cianotipia também é um dos seus meios de expressão. Isa Marcelli nasceu em 1958 em Paris e começou a sua carreira ligada à decoração. Só em 2008 é que desenvolve um interesse pela fotografia e começa a trabalhar na sua câmera escura, procurando maneiras de interpretar as suas imagens numa busca pictorialista. Até hoje ela pratica fotografia de grande formato imprimindo as suas imagens com diversos processos alternativos de impressão tais como o colódio húmido, o platinum-palladium, a goma bicromatada e claro, a cianotipia. A sua obra poética revela um universo sensível, onde a natureza e a humanidade se misturam , entregando uma visão do mundo imbuída da fragilidade do existir. O seu trabalho pode ser visto em galerias e museus um pouco por toda a França e também em várias publicações como a Shots Magazine, Eye Magazine e Black+White Photography Magazine. Fez algumas exposições em nome individual e também em nome colectivo e ganhou alguns prémios. Foi nomeada também para o HOT 100 fotógrafos 2021. O seu projecto Blue Moon feito com cianotipias pode ser visto aqui. Podem também segui-la no intagram e no seu site.

Zrno 2023

Nos dias 10 a 16 de Julho, a cidade de Escópia, na Macedonia, vai ser palco da fotografia analógica alternativa, apresentando assim a segunda edição do festival Zrno. O festival vai contar com diversos workshops e artistas convidados tais como Martina Pavloska, Stefan Stefanovski, Emilija Sandic, Vlado Dimoski, entre outros. "Zrno" significa "grão", o grão que encontramos na fotografia analógica, mas também o grão que remete à semente e à plantação. Este festival pretende plantar uma sementinha da fotografia alternativa no mundo contemporâneo, reavivando os processos experimentais e manuais, desfrutando da nossa maior força de energia: o sol. Para verem o programa completo e ficarem a saber mais sobre este festival podem clicar aqui.